Alguns textos que, sob o estilo comédia Stand Up sarcástica, falam sobre pequenos fatos ou situações que passam despercebidas em nossas vidas e, muitas vezes, sequer questionamos o porquê das coisas serem assim.

18 de dezembro de 2008

SUPERIORIDADE INDÍGENA

A cultura indígena encontra-se deturpada. Infelizmente, a colonização provocou grandes mudanças em seus costumes. Hoje em dia muitos índios usam calças jeans e falam ao celular. Porém, algumas tecnologias jamais chegarão até eles. Aqui abaixo apresento algumas coisas que eles jamais precisarão:

Lâmina de barbear – Não nasce barba em índio. Ou alguém já viu índio barbudo? (Estranho isso, né?)

Chapinha – Eles têm o cabelo absurdamente liso. Não existe índio de cabelo ruim.

Bronzeamento Artificial – Todos já nascem com aquela mesma cor de pele e assim será até a morte.

Tinta – Os índios têm sua própria produção de tintas guache.

Previsão do tempo – Se eles querem que chova, é só fazer uma dança básica em volta da fogueira.

Iluminação Pública – O índio sabe caminhar no meio da floresta, no escuro da noite, sem GPS, e não se perde.

Interpretação contextual – Você muitas vezes lê um texto e não entende nada. O índio vê uma fumacinha no céu ou escuta uma batida de tambor e já sabe tudo que está acontecendo.

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Só tem uma coisa que eu acho que o índio precisa: Cirurgia plástica. Pois todos eles têm sempre aquela mesma cara de figurante do Chaves.

11 de dezembro de 2008

OBJETOS ETERNOS

Não há uma razão científica que explique a longa vida de determinados objetos. Porém, é comprovado que toda pessoa possui ao menos um exemplar. Na minha casa os objetos misteriosos são dois. O primeiro é um relógio que meu pai tem, do começo dos anos 80, que funciona até hoje. Detalhe: Ele não foi comprado, foi adquirido numa troca por um pacote de bolacha. O segundo objeto misterioso é uma calculadora infantil que deve ter sido comprada lá no ano de 1990 e pelo preço de 4. 500 cruzeiros, o que devia valer uns cinco reais na época. Nós a utilizamos até hoje todos os dias. Funciona que é uma maravilha!
Eis o mistério! Isso tem explicação? Como esses objetos precários duram tanto e os aparelhos modernos de hoje têm vida curta? Se alguém tiver uma explicação, por favor enviem para empresas fabricantes, como a Microsoft, por exemplo. Que jamais fabricou um computador que funcione até agora.

6 de dezembro de 2008

FILA DE BANCO

E que tal pagar as contas no banco? É uma delícia, né? Primeiro porque passar pela porta giratória da entrada já é uma emoção e tanto. Sempre penso que vão me barrar, por isso a adrenalina vai a mil enquanto rezo pra não esbarrar a cara no vidro da porta. Mas infelizmente às vezes acontece, mesmo eu estando com as mesmas roupas e acessórios da última vez que passei. Eu acho que essas portas giratórias têm dias de bom e mau humor. Ou passa todo mundo ou não passa quase ninguém.
O segundo estágio é encarar a amável fila do banco. Aquelas malditas pessoas que resolvem pagar tudo no mesmo dia que você. Alguém já se perguntou o porquê da existência da fila de banco? Quem vai ao médico aguarda assistindo TV, quem vai ao dentista lê revistas velhas, quem vai a comércios ou outro tipo de atividade pega uma senha pra ser atendido, mas todos aguardam SENTADOS. Provavelmente os bancos nos vêem como mendigos na fila pra pegar um prato de sopa.
Sim, eles nos menosprezam. A prova disso são as canetas presas com corrente nos balcões. Claro, afinal não vamos ao banco só para passar vergonha na porta giratória, ficar uma hora na fila e pagar nossas contas. Nós vamos ao banco para roubar as canetas também. É por isso que sempre levo uma caneta BIC comigo quando vou ao banco. E faço questão de mostrar pro caixa o quanto posso esticar o braço e me espreguiçar enquanto assino um cheque. Ele que fique com a caneta acorrentada dele...